segunda-feira, março 20, 2006


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Fotos e legendas do álbum de Marques de Freitas
A NOVELA DE UMA GUERRA
Episódio III

AS GRANDES FORTALEZAS

... E depois do Grafanil, veio o Lumeje e ... mais algures !
As praças descentralizadas do Lumeje eram basicamente duas: Luache (ou Luaxe?), rapidamente extinta por falta de acção, e a Cameia.
Mais tarde, já em Malanje, a fronteira com o Zaire era rijamente defendida pelo Forte República e a fortaleza avançada de Quinguengue.

As linhas da frente

O Luache (Luaxe) era uma pequena povoação sem povo, isolada, a longa distância do Lumeje.
Do ponto mais alto de imensa planície, dominava vastos terrenos de óbvia aptidão agrícola.
Fora construida de raiz, com tijolo, cimento e telha, e mostrava todos os sinais do urbanismo recente de uma África desenhada a régua e compasso.
Uma praça, ampla, cercada por habitação de traços modernos (casa do chefe de posto) e armazém de grandes dimensões e sem divisões, prolongava-se por uma rua direita e larga, ladeada de vivendas.
Havia vestígios de instalações eléctricas (geradores) e águas correntes nas habitações.
Aparentemente, teria sido sede de autoridade administrativa e servira uma colónia, pequena mas auto-suficiente, de significativa potencialidade agrícola que, com o advento da guerrilha na região, fora abandonada e destruida, em data recente, após o reordenamento e acantonamento das populações, que já encontrámos concentradas nos dois imensos “quimbos”, que delimitavam o Lumeje, a norte e sul .
Aqui se fez o baptismo de mato do 4º pelotão.
Aqui se aprendeu a prioridade da segurança.
Aqui se treinaram as tácticas de ocupação de tempos livres, ora enchendo os depósitos de água do rio ora buscando lenha, essa preciosa fonte de energia.
Aqui se acabaram os mimos gastronómicos: massa com chouriço ao almoço – dobrada com massa ao jantar.
Aqui se provou que o pão não precisa de ter mais de um ou dois centímetros de altura (quem era o «padeiro»?).
Aqui se começou uma intensa amizade colectiva!
E tudo no primeiro mês, para durar um mês, sem reabastecimentos ou passeatas que a picada era perigosa, com minas e emboscadas ...
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Os perigos do primeiro mês impunham análise e muito estudo na pequena sala do comando do Luache (Luaxe) onde tudo se concentrava: dormitório e refeitório, centro de comunicações e posto de enfermagem.
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Valeria a pena reconstruir o povoado? Parece que não, perante tamanhas ameaças !

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Mas que ameaças poderiam travar estes já determinados mas ainda aprendizes (em Santa Margarida?) de combatentes ?

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Sobretudo depois de trocar o caqui pelo camuflado e cartucheira à anca ...

E sempre em missão mas sempre com o fair play dos destemidos.

2 comentários:

Anónimo disse...

O nome correcto do destacamento é Luatxe e não (Luache ou Luaxe)

Anónimo disse...

Comentário sobre o nome de Luatxe foi feito pelo.





Abilio Henriques