terça-feira, abril 25, 2006

Comentário em 13 de Abril
Armando Monteiro, visita regular do blog Lumege, deixou recentemente um comentário a um post de 13 de Abril.
Por se tratar de um ponto de vista que vale a pena conhecer (esteja-se ou não de acordo com ele) chamamos a atenção para esse comentário. Não o transcrevemos para aqui, porque só se frui a sua compreensão total retomando conhecimento do post que ele comenta.

Portanto, o leitor deve recuar até 13 de Abril e abrir o comentário ao post "Assistência Humanitária em dificuldades".

sexta-feira, abril 21, 2006

Jo Ann von Haff passou

de novo pelo blog

Jo Ann, uma luena do coração que estuda em Paris e apareceu aqui pelo blog pela mão de Armando Monteiro (da CCS do Batalhão que nos antecedeu), deixou hoje um comentário numa nossa matéria de 27 de Março.
Ora, como são certamente poucos os leitores que espreitarão os comentários inseridos em data tão recuada, respigamos para aqui o essencial do conteúdo do comentário de Jo Ann.
Diz ela: "Não sei em que sentido posso colaborar [aqui no blog]. Mas se estiver ao meu alcance..."

A Jo Ann pode colaborar, por exemplo, com textos (de preferência curtos) que divulguem aspectos da etnografia da zona em que, no Leste, estivemos cerca de um ano. Tudo o que tiver a ver com Lumege/Cameia e imediações, interessa-nos. Afinal, passámos por ali uma parcela significativa das nossas vidas. E orgulhamo-nos de ter deixado um um rasto de humanismo por aquelas terras, embora possa parecer paradoxal. Aliás, é bem provável que se deva a essas características da nossa actuação (mérito que foi principalmente do Comandante da Companhia) o facto de termos regressado a Portugal todos vivos.

Mail para enviar colaboração: o-oliveiradaserrazsapo.pt
O Cameia Bar do Sr. Videira

O António Videira era um rapazinho (muito educado e simpático, como nos recordou o Abílio) que convivia um pouco connosco no Cameia Bar, que pertencia a seus pais.

Um dia, o António Videira pesquisou o nome da sua terra na internet e... veio aqui parar, a este blog, a que alguém já chamou o "Ponto de Encontro". E para grande surpresa sua (surpresa ainda maior para seus pais) deparou-se com fotos (30/12/70) da despedida da sua família, que partira do Lumege no início do ano de 1971. Contactou-nos, manifestou interesse em possuir estas fotos, e... graças à sempre disponível colaboração do proprietário delas, o Fernando Hipólito, as fotos já estão na posse do António Videira. Porque contém alguma informação e, embora curta, possui alguma afectividade, transcrevemos a mensagem de agradecimento que nos enviou (suprimimos as referências elogiosas, por desnecessárias).

«Muito obrigado (...) pelas fotografias que fez o favor de enviar. Uma delas reporta-se exactamente à festa de despedida dos meus pais. As outras fizeram-me recordar e ver a casa e a terra onde nasci há quase 47 anos. Vamos mantendo o contacto (...).

Um abraço

António Gouveia Videira»

O nosso "porto de abrigo"

O António Videira acaba de nos enviar esta foto do Cameia Bar, nosso "porto de abrigo" para uma bica, uma Cuca ou Nocal, ou até um bife com batatas fritas. Ou mesmo uma tarte recheada com doce de papaia, mas isso é uma história que o Abílio vai contar amanhã ou depois. Uma história em que entra a esposa do Sr. Videira, mãe de António Videira que numa das mensagens que nos enviou esclarece, referindo-se à foto do alto, que «(...)quem está em primeiro plano é precisamente a minha mãe, na dita festa de despedida. Na foto da estação [que repetimos ao fundo] reconheço perfeitamente um velho amigo e compadre do meu pai – o Sr. Hostilio Tavares, infelizmente já falecido. (...) Eu vivo em Almada e os meus pais numa aldeia do concelho de Seia, em Pinhanços (Serra da Estrela)

António Videira»

14 de Setembro de 1970, Estação do C.F.B. (Lumege) . Partida do comboio Mala. Despedida da família de uma rapariga que vai para a escola. (Foto de Fernando Hipólito)

quinta-feira, abril 13, 2006

Nosso blog é bastante lido
2000 VISITAS

EM DOIS MESES E MEIO
Desde 26 de Janeiro, este blog recebeu 2000 visitas.
Considerando o modo como é feito e divulgado, trata-se de um valor apreciável.
E podemos orgulhar-nos de já ter proporicionado encontros entre pessoas que não se viam há décadas. E de ter proporcionado recordações de infância a filhos de militares que (hoje adultos) acompanharam os pais em crianças por algumas das terras que também pisámos. Idem, a jovens filhos de cidadãos civis que tinham as suas vidas estabelecidas por essas mesmas paragens.

Sem falar, é claro, nas recordações que temos trocado, uns com os outros, neste universo de amizades que se criaram à sombra da bandeira da Companhia de Caçadores 2544.

E temos aqui registado alguns apontamentos que - queiramos ou não - são fragmentos de História.

É preciso mais
Mas é preciso mais. Mais relatos, reflexões, apontamentos. E fotos? Também. Embora neste momento o coordenador do blog esteja satisfatoriamente municiado, graças à disponibilidade dos arquivos pessoais do Fernando Hipólito e do Abílio Henriques.

Porém, inserir fotos sem relatos contextualizadores, é produzir trabalho inacabado.

Aos militares e aos civis
Como facilmente se percebe, isto é um apelo. Aos camaradas de armas, aos então crianças e jovens, hoje adultos, que tiveram algo a ver com as terras que nos empoeiraram as botas, escrevam-nos! Se nos enviarem textos prontos a publicar, muito bem. Mas se nos enviarem textos a necessitarem de levar uns retoques, muito bem na mesma! Cá estaremos para colocar as vírgulas nos sítios ou corrigir um errozito ou outro! Só não dá erros quem não escreve!
Acessos insuficientes na província do Moxico
Assistência humanitária

em dificuldades

Dificuldades de acesso a algumas áreas da província do Moxico, estão a impedir a assistência humanitária às populações.
A notícia apoia-se num relatório do grupo de coordenação provincial humanitário (GCPH) distribuído ontem à agência Angop, no Luena (Luso). De acordo com o documento, as populações das comunas de Luvei e Sessa (Bundas) e Cassamba, Muié e Kangombe (Luchazes) são as que mais enfrentam dificuldades devido a degradação das estradas e das pontes.

Ponte da Cameia, sobre o rio Lumege (album de Abílio Henriques)

O documento refere que a situação humanitária é também crítica nas comunas de Kavungo, Lumbala-Kaquengue (Alto-Zambeze) e Muangai (Moxico). O Vice-Governador para a Esfera Social, Mário Salomão, garantiu que será priorizada a desminagem, a construção de pontes e a manutenção das estradas para permitir a livre circulação de pessoas e bens.


Soba Nhalucatula (Cassai-Gare) durante o ritual de circuncisão (album de Fernando Hipólito, fardado na foto)

E acrescentou que os actores que actuam na província vão distribuir bens alimentares, kits profissionais, sementes, instrumentos agrícolas entre outras ajudas humanitárias. Arrear da bandeira (17h00) no Destacamento Militar do Forte Cameia, em 17/11/1969.
Furriel Hipólito faz continência. À esquerda, soldados portugueses. À direita, milícia nativa.
Foto do álbum de Fernando Hipólito

Com uma população estimada em mais de 900 mil habitantes, administrativamente a província do Moxico é composta por nove municípios: Alto-Zambeze, Bundas, Léua, Luacano, Luchazes, Lumeje- Cameia, Luau, Kamanongue e Moxico (sede) e 21 comunas.
Resumido do diário digita, AngolaPress, edição de ontem

sexta-feira, abril 07, 2006

Falecimento
Armando José Messias, que foi da nossa Companhia, faleceu em data que desconhecemos; mas presumimos que posteriormente ao nosso anterior Encontro de Confraternização.

Quando regressámos de Angola, foi morar em Coveiras de Tires, Parede, onde continuava a residir.