quinta-feira, abril 13, 2006

Acessos insuficientes na província do Moxico
Assistência humanitária

em dificuldades

Dificuldades de acesso a algumas áreas da província do Moxico, estão a impedir a assistência humanitária às populações.
A notícia apoia-se num relatório do grupo de coordenação provincial humanitário (GCPH) distribuído ontem à agência Angop, no Luena (Luso). De acordo com o documento, as populações das comunas de Luvei e Sessa (Bundas) e Cassamba, Muié e Kangombe (Luchazes) são as que mais enfrentam dificuldades devido a degradação das estradas e das pontes.

Ponte da Cameia, sobre o rio Lumege (album de Abílio Henriques)

O documento refere que a situação humanitária é também crítica nas comunas de Kavungo, Lumbala-Kaquengue (Alto-Zambeze) e Muangai (Moxico). O Vice-Governador para a Esfera Social, Mário Salomão, garantiu que será priorizada a desminagem, a construção de pontes e a manutenção das estradas para permitir a livre circulação de pessoas e bens.


Soba Nhalucatula (Cassai-Gare) durante o ritual de circuncisão (album de Fernando Hipólito, fardado na foto)

E acrescentou que os actores que actuam na província vão distribuir bens alimentares, kits profissionais, sementes, instrumentos agrícolas entre outras ajudas humanitárias. Arrear da bandeira (17h00) no Destacamento Militar do Forte Cameia, em 17/11/1969.
Furriel Hipólito faz continência. À esquerda, soldados portugueses. À direita, milícia nativa.
Foto do álbum de Fernando Hipólito

Com uma população estimada em mais de 900 mil habitantes, administrativamente a província do Moxico é composta por nove municípios: Alto-Zambeze, Bundas, Léua, Luacano, Luchazes, Lumeje- Cameia, Luau, Kamanongue e Moxico (sede) e 21 comunas.
Resumido do diário digita, AngolaPress, edição de ontem

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem ler esta informação distraido até pode ficar a pensar que é muita gente, ora isto significa cerca de 1 habitante por km2...o Moxico é das zonas mais despovoadas de Angola...mas a foto-documento é da maior importancia e merece ser preservado como documento histórico, que é, na mesma cerimóia participam milicias e tropas portuguesas...as milicias eram elementos de auto defesa das populações, faziam parte da população e viviam entre elas, tinham armas distribuidas, para quê? para se defenderam de quem? isso mesmo para defenderem a sua terra e as suas gentes dos mandatários dos grandes interesses internacionais que cobiçavam as riquezas de Angola a pretexto de um nacionalismo, que os "outros" acredito pretendiam defender, mas quem os apoiava tinha outras intenções. Isto é importante para que as novas gerações pensem considerando estes documentos, até agora foram mentalizados de que aquela guerra foi apenas mais uma guerra de repressão, de facto mandaram-me a fazer a guerra e eu sinto que ali garanti a paz evitanto os confrontos que o choque dos interesses das grandes potencias ali iriam desenvolver, como veio a acontecer, ali e em toda a Àfica.

Armando Monteiro

Anónimo disse...

Caro senhor Armando Monteiro permita-me que descorde da sua opinião acerca do seu comentário ,que naturalmente o aceito porque há coisas que nos ultrapassam com o tempo.
1º Não está em causa a densidade popolacional mas sim o ser humano,além de que nos anos 69/70/71 quando estive no Leste de Angola havia cumunidades de largas centenas de nativos em aldeamentos (para não dizer guetos). logo serem 1 ou 100 ou 10000 é indiferente.

2º Em relação ás milicias no meu tempo e no caso concreto Lumege não era bem assim ,faziam operações comnosco no mato, curiosamente foram intregados na companhia dando origem a pelotões mistos que permitiu a companhia funcionar com 6 pelotões e não com quatro como é normal,dando a possibilidade de haver uma maior deponibilidade operacional .
Há um permenor que era conhecido na altura em que as milicias tinham contacos com a UNITA COM o MPLA levando informação e trazendo informação sobre a actividade operacional de ambas as partes , que se chamava a guerra da contra informação.
Meu caro estou só a relatar o que vivi e senti por aquelas paragens das quais guarda boas e más recodações eternas.


Abilio Henriques