sexta-feira, março 30, 2007

Contador de visitas mais à mão

O contador de visitas, que estava cada vez mais inacessível porque cada vez mais "soterrado" pelos conteúdos, foi agora transferido aqui para a coluna da direita, logo abaixo dos Links.

Aproveitamos para assinalar que, desde o dia 26 de Janeiro de 2006, data do início deste blog, houve até este momento 5.454 visitas. Número assinalável, tendo em conta a dimensão restrita do universo que aqui se reflecte.

Não deixa de ser curioso que grande parte das visitas sejam feitas por pessoas alheias ao grupo de ex-militares da nossa Companhia, alguns deles tentando encontrar através deste espaço os seus antigos camaradas. E desejamos que tenham sempre êxito.
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Nota para uma foto
O Senhor Correia
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Texto de Abílio Henriques

Para animar este canto, gostaria de relembrar que a tia a que se reporta a foto e o texto do penúltimo post era a esposa do Sr. Correia.

Quem era o Sr. Correia? Era o proprietário do supermercado a poucos metros da casa do Administrador do Lumege, que abastecia o depósito de alimentos do nosso quartel com produtos frescos e outros.

O Sr. Correia era visita assídua da Companhia 2544 e por vezes bebia uns copos com a malta.


Foto (do album de Abílio Henriques) no dormitório da Messe de Sargentos (camarata dos Furrieis).
Da esquerda para a direita: Faria (de branco); Santos (acima); Alf. Almeida (?) (encoberto, em baixo; Alho (ao centro); Gonçalves (à dir da máq. fot.); Abílio Henriques (a espreitar); Hipólito; Fernandes (de pé)
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Atenção, pessoal da C.Caç.504
Antonio Pepe procura camaradas

"Sou um assiduo visitante do vosso blog, que aplaudo pois primite-nos recordar os tempos dessa guerra que, embora imposta, serviu para fomentar amizades sinceras e profundas.

Embarquei para Angola em 21de setembro de 1963 e regressei em 5 de janeiro de 1966, pertenci á companhia de caçadores 504 e andámos pelo Negage Quelo, Lufico e Casa da Telha.

Recordo com muitas saudades todos os amigos dessa companhia. Alguns como o Costa, o Norberto, o furriel Silva, o Ledo, vamo-nos encontrando de vez em quando, mas há muitos que nunca mais os vi e gostaria de ver. Para todos um abração e que sejam felizes. Se quiserem podem contactar-me pelo telemóvel 962868943".

Nota do blog Lumege
Este blog tem sido ponto de encontro, já por mais de uma vez. Portanto, não nos admiraríamos que algum dos camaradas de António Pepe nos esteja a ler. Ou mesmo alguém que, não o tendo acompanhado naquelas andanças militares, poderá ter um familiar ou amigo cuja passagem por Angola se enquadra nas datas e localidades referidas. Se assim for, pode ajudar António Pepe a abraçar os seus companheiros dos idos tempos de juventude. E tem duas maneiras de o fazer: ligar para o nº de telemóvel que está acima, ou contactar este blog clicando na palavra comments (linha abaixo).

quinta-feira, março 08, 2007

Mensagem do Brasil
Lembram-se da Fernanda Brásio e da madrinha?
Lembram-se? Só por este reencontro que proporcionámos, já valeu a pena existir este blog.
Entretanto, um sobrinho desta senhora escreveu-nos do Brasil a contar como ficou emocionado por ter reencontrado aqui a sua tia. Pode ler-se abaixo da foto.
Entretanto, descendo no blog até 29 de Março de 2006, pode reler a história do reencontro de Fernanda Brásio com a sua madrinha.
Escreva-nos mais vezes, Dulcídio! Conte-nos coisas dos seus tempos do Lumege!
Brevemente publicaremos mais fotos dedicadas a si.
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"Que saudade.
Gostei demais ver a minha tia com sua afilhada. Eu sou neto do velho Santos Pais do Lumege.
Sou natural do Lumege estudei lá a primária depois fui para o Luso para o colégio de S. Bento. Fiz o serviço militar na FAP em Saurimo e depois no Luso.
Vão colocando fotos do Lumege pois eu não tenho nenhuma, pois ficaram na minha casa que foi tomada. (Não vou culpar ninguém).
Estou actualmente no Brasil. Mas meu coração nunca saíu de Angola.
Um abraço para todos".


Dulcídio Ribeiro
Uma escola nova no Lumege

Uma escola de seis salas de aulas no município de Lumeje-Cameia é um dos dois empreendimentos de destaque a serem construidos este ano na província do Moxico. O outro é a cosntrução de um hospital municipal dos Luchazesb.
Estas obras fazem parte de um conjunto de quatro novos empreendimentos sociais a serem erguidos no âmbito do Programa de Melhoria e Aumento da Oferta dos Serviços Básicos às Populações.

Outras obras no Leste

Serão também adjudicadas as obras de construção de mais uma escola com três salas de aulas na comuna de Lago-Dilolo (Luacano) e um centro de saúde na comuna de Lucusse.
A informação é do jornal electrónico AngolaPress, edição de hoje, oito de Março.

terça-feira, março 06, 2007

Lumege-Angola 1969-1971


O INSTINTO

Texto de Fernando Hipólito
Foto e distintivo da colecção de Abílio Henriques

Eu nunca tinha ouvido falar em G.E. (Grupos Especiais, constituídos por nativos recrutados para apoio da tropa portuguesa). Vi-os no Lumege no primeiro dia de chegada, e no segundo dia já tínhamos ordens para fazer segurança a uma picada, por onde passaria uma coluna com militares da nossa CCAÇ, que iria render outra CCAÇ mais antiga.




Os capitães, (nosso e da CCAÇ que estávamos a render) decidiram enviar GEs para uma determinada zona do percurso nessa noite.


Na manhã seguinte, partimos nas viaturas que nos iam deixando no percurso, para fazer a respectiva segurança na ida e regresso. Por coincidência, a minha secção ficou no mesmo local onde tinham sido colocados GEs sem nós sabermos. Eles escondidos, e nós em fila patrulhando a picada. De repente, a 3 metros de mim, um barulho. Viro-me rápidamente. Vejo uma cabeça de africano com um boné de pele e... ainda hoje estou para saber por que não disparei.



Era um dos GEs, que apareceu todo sorridente, como se nada tivesse acontecido.



Este episódio jamais esquecerei. Sensibilidades...


Grupo de combate do alferes Freitas (de bigode) com
aguns GEs incorporados. Na linha da frente, ao centro, o Calixto

Agora, aqui só para nós:
Isto aconteceu após a barracada do Alferes Almeida na nossa primeira saída. Ele recusou-se a sair, e os capitães enviaram os GEs para um sítio chamado "bananeiras", onde aconteceu o que aqui descrevo.