sexta-feira, março 31, 2006

À especial atenção do sr António Videira
Recordar o Bar Cameia
Texto e fotos do álbum de Abílio Henriques

Nativo da Cameia, povoado tradicional (cinco mil residentes) a 22 Km do Lumege, junto de um lago do mesmo nome, de onde provinha o nome do Bar Cameia

Recuando no tempo, a nossa memória vai buscar aqueles bons momentos passados no Bar Cameia, local do "descanso do guerreiro" após os dias da mata.
O senhor Videira, proprietário do bar, era um homem extraordinário que nos tratou sempre com elevação, do mesmo modo que sua esposa e seus filhos.
Recordo aquelas grandes partidas de póker que normalmente acabavam quando nos nossos estômagos já não cabia mais Cuca ou Nocal, sim, é verdade.
Apenas um dos veteranos não alimentava tais excessos (claro, o Hipólito).

Algumas vezes depois de uns dias no mato, que belo bife e que belo bacalhau se comia no senhor Videira!

Há mais recordações, mas fica para outra oportunidade.

Senhor Videira-filho, vá dando notícias e, no dia 2 de Setembro, apareça no nosso almoço! Será uma honra para mim e para todos os meus camaradas!

Um abraço

Abílio Henriques

De calções, o Abílio Henriques (autor da nota memoratória acima) conversando com o coordenador deste blog em plena parada do aquartelamento do Lumege.

As cadeiras, que foram deslocadas desde o alpendre da messe de sargentos apenas durante o tempo da fotografia, eram feitas artesanalmente (na carpintaria do quartel, com "supervisão técnica" do cabo Gameiro, que é carpinteiro e às vezes o coordenador do blog encontra ali para os lados da Caranguejeira - Leiria). Para as construír, usavam-se as aduelas dos pipos que iam daqui de Portugal (tara perdida) com vinho para consumo dos militares. A do coordenador do blog, foi ele quem a fez.

Se algum leitor tiver fotos do Bar Cameia, por favor forneça-nos.

Alô, Chaves! Alô, Gonçalves!

Um companheiro de epopeia deu a conhecer ao nosso blog que o ex furriel Gonçalves tem estado fora de contacto. Alguém nos pode ajudar a encontrá-lo?

Referimo-nos a Aurélio de Sousa Gonçalves, que deve ter agora cinquenta e muitos de idade e, quando foi connosco para Angola, residia em Outeiro Seco, Chaves. Segundo julgamos saber, ter-se-á ausentado para França quando regressámos em 1971.

Para nos darem informação dele, basta clicar na palavra comments aqui mesmo por baixo destas linhas, escrevendo lá um meio de contacto.

quinta-feira, março 30, 2006

Camacove era...

Camacove era a designação correcta dos comboios de mercadorias que circulavam nas linhas dos CFB, entre Benguela e Teixeira de Sousa, isto, em território angolano, porque eles também transportavam as mercadorias de e para a república do Zaire, nomeadamente o cobre do Katanga.

Esta informação (confirmação...) chegou-nos via comentário a uma postagem de 3 de Março corrente; mas, para ter maior visibilidade, é divulgada aqui.
O remetente é anónimo.
Zé Oliveira e amigos do blog Lumege:

Esperamos por vós no espaço Som da Tinta, em Ourém, às 17 horas, no próximo dia 01 de Abril, para o lançamento da antologia poética "Do Mar Grande e D'outras Águas", na qual participamos (eu e a Susana Júlio, entre outros participantes).Haverá poesia, música e exposição colectiva de fotografia sobre mar e outras águas.Até lá!

Carmen Zita Ferreira

PS do Zé Oliveira:
...não anda ninguém por perto, no dia 1 de Abril? Nem o António Alho, nem o Abílio Henriques? Ninguèm mesmo?!... (mesmo em 1 de Abril, não vale mentir! Nunca!)

quarta-feira, março 29, 2006


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As fotos do encontro
de Fernanda Brásio
com a madrinha

Lembram-se de, logo no começo do nosso blog, termos dado a conhecer a vontade que Fernanda Brásio tinha em conseguir encontrar a sua madrinha, Maria de Lurdes Correia?
Fernanda, que nascera no Lumege, era ainda bebé quando lá estivemos. O seu pai, que fora militar e, mais tarde, trabalhara na Segurança do Caminho de Ferro de Benguela, faleceu entretanto e recomendou à sua filha que tentasse encontrar a madrinha, pois as andanças da vida haviam-nos separado.

Foi através deste blog (e graças à imprescindível colaboração do Abílio Henriques, que obteve pistas junto do ex-sargento Roma) que Fernanda Brásio localizou a sua madrinha em Torres Vedras.
Fernanda, que vive na Bélgica, veio a Torres Vedras procurar a madrinha e encontrou-a, para felicidade de ambas, como documentam as fotos.

Fernanda Brásio não se cansa de nos manifestar a sua alegria, como é o caso destas palavras que acompanhavam as fotos: "conseguiram realizar o meu sonho de encontrar a minha madrinha". As palavras de elogio que nos faz, não vale a pena publicá-las.

Agora, Fernanda tenciona vir conhecer-nos a Abrantes em 2 de Setembro. Pois será bem recebida!

"Convocatória" para almoço
da C.Caç 2544 está a chegar

Está a chegar aos destinos, a carta-programa da confraternização/2006 da C.Caç 2544, este ano com organização de António Alho e Diamantino Rocha.

A nota mais original deste programa, é o faccto de o almoço decorrer nas instalações do próprio Quartel RI-2, de Abrantes, que há 37 anos nos viu marchar a caminho de Angola e dois anos mais tarde nos viu chegar, felizmente todos, e de boa saúde.

O Programa:
Data: 2 de Setembro

11h00 - Entrada na Unidade
11h15 - Visita à Sala de Honra, Biblioteca e a uma Caserna
11h45 - Descerramento de uma placa comemorativa, da C.Caç 2544
12h00 - Continuação do convívio
12h30 - Almoço no próprio Quartel

Custo por cada adulto: 15 euros
Crianças até 10 anos: 10 euros

Se alguém tiver conhecimento de algum colega que não tenha recebido a carta-programa, por favor faça-lhe chegar uma cópia ou comunique-nos aqui para o blog (basta clicar na palavra coments que vem numa das linhas seguintes e deixar comentário informando).

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Alô, António Videira!
Temos boas notícias para si. Mande o seu endereço de mail para o-oliveiradaserrazsapo.pt, para satisfazermos o seu pedido. O seu contacto via Comentário de Post não nos dá o seu endereço.

Outra coisa: não quer colaborar connosco, mandando-nos para publicação as suas memórias do Lumege? E mandando-nos notícias de seus pais?
Falecimento
José Ventura Miguel, que foi da nossa Companhia, faleceu a 15 deMaio 2002 devido a doença prolongada.
A triste notícia só agora chegou ao nosso conhecimento, transmitida por uma sua filha.
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Alô, Açores! Alô, Cabral!!!
À especial atenção dos Açores:
Alguém nos ajuda a encontrar José Luís Almeida Cabral, que foi nosso camarada de armas na C.Caç 2544, em Angola, no início da década de 70?

O seu último endereço de que temos conhecimento, era:
Rua da Igreja, 28
Ponta Delgada
S. Miguel - Açores

O nosso blog acolhe de bom grado e divulga qualquer apelo semelhante a este.

segunda-feira, março 27, 2006

Jo Ann von Haff mandou comentário
Em 6 de Fevereiro, este blog publicava uma matéria que desencadeou alguns comentários.
Se o nosso "post" de então foi redigido a partir de um pressuposto algo equívoco, é coisa que se esclareceu então, em ambiente de urbanidade, como convém.
A bem do rigor histórico, transferimos para aqui este comentário, assinado com o pseudónimo "Ladybird", pois tem mais visibilidade aqui do que teria se ficasse simplesmente escondido na "gaveta" dos comentários ao "post" de 6 de Fevereiro.
"Ladybird" é, como se percebe, Jo Ann von Haff. E não nos parece problemático identificá-la aqui.

«Armando, obrigada por me defenderes! Escrevi um relatório sobre a minha primeira viagem ao Lwena em inglês e publiquei-o em vários sites anglófonos. Para ilustração, tem legenda, em inglês. Tanto podia ser em francês ou portugês. Mas o que importa é que se fale do Moxico. Como disse o Armando, sou Angolana, nascida no Lobito, criada em Luanda e apaixonada pelo Moxico. O único erro é que o meu pai não é alemão, mas vem de.
:D
Qualquer coisa, é só apitar. Estou à disposição.
annsvh@yahoo.fr»

Quando Jo Ann quiser honrar-nos com a sua colaboração, ficaremos muito satisfeitos.
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O filho do Sr. Videira contactou-nos
É esta a mensagem que chegou ao nosso blog, recebida de um filho do Sr. Videira, proprietário do Cameia Bar:

«Boa noite!
Fiquei admirado e satisfeito por poder encontrar um Blog com o nome da minha terra. É verdade! Nasci no Lumege em 1959 e gostava de poder obter informações e fotografias desta terra nos confins de África. O meu pai era o dono do Cameia Bar.
Parabéns.

Antonio Videira»

Resposta:
Registamos com muito agrado este seu comentário e o que se segue abaixo.
Aqui tem mais duas imagens da vila do Lumege (hoje cidade). São duas vistas aéreas, obtidas pelo Fernando Hipólito (que foi furriel miliciano no Lumege). A primeira foi obtida em 17 de Agosto de 1970 e a seguinte é datada de Maio do mesmo ano. As duas dão um ângulo muito semelhante, mas não nos parece despropositado publicar ambas.
Para lá do Lumege, distingue-se claramente o bairro nativo do Soba Caiembe.


Ceder-lhe fotos da sua terra? O coordenador do blog não possui, verdadeiramente suas, fotos do tipo que pretende, porque esteve poucos meses no Lumege (foi transferido para o Luso). As que se editam, são propriedade dos autores mencionados. Mas fica o seu apelo ao cuidado deles.
Naturalmente não deixarão de lhe satisfazer o que pretende.

Apesar da curta estada no Lumege, o coordenador do blog conheceu o seu pai, de quem se lembra perfeitamente. Era uma pessoa muito afável.

Outra mensagem:

Reportando-se a duas de um conjunto de fotos que publicamos mais abaixo, António Videira escreve-nos:

«As fotografias nº 3 e 4 [post de Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2006] foram tiradas na festa de despedida dos meus pais quando se mudaram para Silva Porto, penso que em 1971. Gostava de saber os nomes dos militares que aparecem logo na foto de grupo seguinte. A NET permite realmente coisasa quase impossíveis. Cumprimentos.»

Resposta:

As fotos que refere documentam realmente a festa de despedida de seus pais. Não divulgámos o nome deles, por uma questão de ética. Só a eles (ou a si) caberia divulgar essa informação. Conforme fez e agradecemos. Essa festa (foto abaixo) decorreu em 30 de Dezembro de 1970, conforme Fernando Hipólito registou no verso desta sua foto que segue. À direita, identifica-se o sr. Jorge Mouta, chefe da estação de Caminho de Ferro.

Quanto às identificações que refere, neste momento poderíamos fornecer-lhe cerca de metade dos nomes. Mas vamos melhorar essa informação e fornecer-lha aqui, dentro em breve. Fique atento.

segunda-feira, março 20, 2006


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Fotos e legendas do álbum de Marques de Freitas
A NOVELA DE UMA GUERRA
Episódio III

AS GRANDES FORTALEZAS

... E depois do Grafanil, veio o Lumeje e ... mais algures !
As praças descentralizadas do Lumeje eram basicamente duas: Luache (ou Luaxe?), rapidamente extinta por falta de acção, e a Cameia.
Mais tarde, já em Malanje, a fronteira com o Zaire era rijamente defendida pelo Forte República e a fortaleza avançada de Quinguengue.

As linhas da frente

O Luache (Luaxe) era uma pequena povoação sem povo, isolada, a longa distância do Lumeje.
Do ponto mais alto de imensa planície, dominava vastos terrenos de óbvia aptidão agrícola.
Fora construida de raiz, com tijolo, cimento e telha, e mostrava todos os sinais do urbanismo recente de uma África desenhada a régua e compasso.
Uma praça, ampla, cercada por habitação de traços modernos (casa do chefe de posto) e armazém de grandes dimensões e sem divisões, prolongava-se por uma rua direita e larga, ladeada de vivendas.
Havia vestígios de instalações eléctricas (geradores) e águas correntes nas habitações.
Aparentemente, teria sido sede de autoridade administrativa e servira uma colónia, pequena mas auto-suficiente, de significativa potencialidade agrícola que, com o advento da guerrilha na região, fora abandonada e destruida, em data recente, após o reordenamento e acantonamento das populações, que já encontrámos concentradas nos dois imensos “quimbos”, que delimitavam o Lumeje, a norte e sul .
Aqui se fez o baptismo de mato do 4º pelotão.
Aqui se aprendeu a prioridade da segurança.
Aqui se treinaram as tácticas de ocupação de tempos livres, ora enchendo os depósitos de água do rio ora buscando lenha, essa preciosa fonte de energia.
Aqui se acabaram os mimos gastronómicos: massa com chouriço ao almoço – dobrada com massa ao jantar.
Aqui se provou que o pão não precisa de ter mais de um ou dois centímetros de altura (quem era o «padeiro»?).
Aqui se começou uma intensa amizade colectiva!
E tudo no primeiro mês, para durar um mês, sem reabastecimentos ou passeatas que a picada era perigosa, com minas e emboscadas ...
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Os perigos do primeiro mês impunham análise e muito estudo na pequena sala do comando do Luache (Luaxe) onde tudo se concentrava: dormitório e refeitório, centro de comunicações e posto de enfermagem.
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Valeria a pena reconstruir o povoado? Parece que não, perante tamanhas ameaças !

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Mas que ameaças poderiam travar estes já determinados mas ainda aprendizes (em Santa Margarida?) de combatentes ?

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Sobretudo depois de trocar o caqui pelo camuflado e cartucheira à anca ...

E sempre em missão mas sempre com o fair play dos destemidos.

sexta-feira, março 17, 2006

Angola é habitada
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desde a pré-história
Pesquisa e foto de Abílio Henriques

O território angolano é habitado desde a pré-história conforme mostram vestígios de presença humana encontrados nas regiões de Luanda, Congo e Namibe.

Posteriormente, houve grandes migrações de povos vindos de Norte - os Bantus - tecnicamente mais avançados que facilmente se impuseram aos habitantes então dominantes. Dispersando-se na vastidão de Angola, os Bantus foram-se constituindo em grupos, que deram origem às actuais etnias.

No século XIII a estruturação social e política de alguns destes grupos origina o reino do Congo que se estende do rio Kwanza até ao Gabão, no sentido Norte-Sul e da Costa Atlântica ao rio Kwango no sentido Oeste-Leste.

MáscaraMáscaraMáMáscara Quioca (zona do Lumege-Cameia)


Outros reinos se foram constituindo dando a todo o território uma organização política e social equilibrada.Esta é a situação que em 1482, Diogo Cão, vai encontrar quando á frente de uma frota portuguesa chega à foz do Rio Zaire. Estabelecem-se, a partir de então, relações cordiais entre os portugueses e os soberanos do reino do Congo, e iniciam-se intensas trocas comerciais.

Esta relação amistosa vem a ser quebrada quando Paulo Dias Novais iniciou a ocupação e administração directa da orla costeira através do estabelecimento de várias capitanias.

Paralelamente, iniciou-se o comércio de escravos face às necessidades de mão-de-obra no Brasil que se manteve até ao século XIX, quando Sá da Bandeira conseguiu aprovar em Portugal legislação a abolir a escravatura.


A partilha de África pelos países europeus convencionada na conferência de Berlim em 1884/1885 obrigou os portugueses a uma prolongada luta pela ocupação e administração de todo o território, que só foi atingida no final da 1ª Guerra Mundial.

A pacificação então alcançada, começou a ser perturbada no início da década de 50 pela emergência de movimentos nacionalistas cujas reivindicações de autonomia, não satisfeitas, determinaram uma guerra de libertação de 1960 a 1974, ano em que a queda do regime ditatorial vigente em Portugal conduziu à independência efectivada a 11 de Novembro de 1975.

Na guerra de libertação tinham participado activamente três movimentos o MPLA, a FNLA e a UNITA, apoiados por interesses divergentes a nível internacional que face à saída do inimigo comum, Portugal, se envolveram numa guerra civil pelo poder ganha parcialmente pelo MPLA com ajuda de Cuba.

No entanto a UNITA continuou a oferecer resistência ocupando vasta zona do planalto Central, situação para que se procurou solução através de vários acordos internacionais, nunca cumpridos, e que só ficou resolvida com a morte do lider da UNITA no início de 2002, no leste de Angola, zona de Luena (ex Luso) de onde, aliás, era natural, filho de um ferroviário.

Angola entrou então noutra fase da sua história e de esperança de uma paz duradoura.

Transcrito de http://www.eltangola.com/turismo e acrescentado por nós no penúltimo parágrafo

quinta-feira, março 16, 2006

Fotos e legendas do álbum de Marques de Freitas
,....O Terror do Lumege

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Que será feito destas perigosas aves ?


Do Alentejo até África:
Eles eram imparáveis

Terão nome ?
Quem se lembra ?
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Atirador de pontaria ... Ele sabia era de motores

- Era o terror da Mecânica
- ... Pudera. Já Tinha conduzido tractores ?!






Ele era o terror das defesas e guarda-redes.

- No futebol de salão era líder de “Os nabos”
- A bola saía ... qual míssil.

- Sempre com a bota atrás ... um torpedo !

OU ERA GOLO ... OU CABEÇA ABERTA

terça-feira, março 14, 2006


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Blog segue dentro de "momentos"
O coordenador daqui do blog está a enfrentar dificuldades em editar imagens.
Também enfrentou dificuldades idênticas com outro blog que edita, que, não estando aida a funcionar sobre rodas, já permitiu alguma actualização. Mas aqui o "Lumege" é que continua sem dar chance!...

Esperemos que o servidor fique operacional sem demora.

terça-feira, março 07, 2006

2 de Setembro de 2006
Jornada de confraternização
C.CAÇ.2544 regressa ao
RI-2 (Abrantes)!
Comemoram-se este ano os 35 anos do nosso regresso de Angola.
A Comissão/2006 está a preparar um programa interessante que nos levará de regresso a Abrantes, mais propriamente ao Regimento de Infantaria 2, em cujo quartel seremos recebidos e almoçaremos!
Este regresso (uma romagem de saudade que há-de desenrolar-se de sorriso nos lábios) conta com a colaboração do Comando do RI-2, que nos disponibilizou a data de 2 de Setembro e é fruto do esforço da Comissão indigitada para a organização da confraternização.
A ideia do regresso ao RI-2 merece os maiores aplausos e foi facilitada pelo facto de o Alho trabalhar em Abrantes (na CGD).

Programa

11 horas

Concentração junto à Porta de Armas

Recepção na Sala de Honra

Visita à biblioteca

Visita às casernas

Descerramento da placa C.CAÇ.2544

12h30

Almoço no RI-2


.seman
Uma anti-notícia
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Há dias, uma das televisões portuguesas mandou uma equipa de reportagem dar, em directo do local, a notícia do aparecimento de aves mortas numa das praias do Norte.
E o repórter bem se afadigou a entrevistar vizinhos do mar que foram afirmando ser usual, todos os anos por esta altura, aparecerem aves mortas a dar à costa.
No final do telejornal, a pivot anunciou uma "notícia de última hora!" Acabava de receber a análise aos cadáveres dos animais e... "Nenhum deles estava contaminado pela Gripe das Aves".
Nós hoje, aqui, também damos uma anti-notícia: esta não vai ser a placa que iremos descerrar no próximo dia 2 de Setembro no RI-2 - Abrantes!
Chegou a ser equacionada essa possibilidade, o coordenador deste blog criou o projecto que aí se vê, para ser esculpido em calcário com as diménsões de 40 cm de diâmetro, mas o orçamento era elevado. E a ideia foi adaptada para outra solução cujo orçamento estamos à espera de conhecer.
A placa esculpida em calcário, numa oficina de cantaria da Batalha, custaria 460 euros com letras aplicadas em metal ou 590 se levasse as letras esculpidas na própria pedra. A estes valores haveria que acrescer o IVA. Demasiado dispendioso, se considerarmos o nosso plano orçamental e o fim em causa.
Quando hover orçamento para uma placa alternativa, daremos mais detalhes.

domingo, março 05, 2006

Ainda o Mala
O nosso leitor ficou esclarecido acerca da sua dúvida entre "Mala" e "Camacove"?
Gostaríamos de saber por que se interessa por este tema. Quer contactar-nos, identificando-se?*
Aqui está mais uma imagem do Mala, prestes a partir para o Luso (hoje Luena). Melhor: a partir para Benguela.
A foto é do album do Fernando Hipólito em tem no verso a seguinte legenda: "Estação do C.F.B. (Lumege). Dia 14 de Setembro de 1970. / Partida do comboio Mala. / Despedida da família de uma rapariga que vai para a escola".

*Aproveitamos para esclarecer que só excepcionalmente publicaremos comentários anónimos e nunca publicaremos comentários que nos pareçam inconvenientes, de um ponto de vista do decoro e do direito à dignidade que assiste a quem porventura seja mencionado e porventura nos leia.

sexta-feira, março 03, 2006

Este blog é um êxito consolidado
Mais de mil visitas num mês!

Este blog, iniciado a 26 de Janeiro, (há portanto pouco mais de um mês) já registou mais de mil visitas! (Mil e 94 neste momento, para ser mais preciso).

Isto apesar de durante a maior parte deste período ter estado em experiência e, ainda para agravar, ultimamente ter tido pouca assistência editorial, por escassez de tempo.

Estamos, portanto, recompensados do esforço. E já não restam razões para pessimismo aos que porventura imaginaram que estaríamos a "prègar no deserto".

E assinale-se que, neste curto espaço de tempo, este blog já prestou algum serviço público, ao ter proporcionado que uma senhora do Lumege que não via a madrinha desde criança, e a quem perdera o rasto, a tivesse já podido abraçar em Torres Vedras! (A propósito, Fernanda Brásio, estamos à espera de poder mostrar as fotos do encontro!).

E também já aqui fizemos alguma história, porque aqui foram relatados e esclarecidos alguns aspectos que rodearam a nossa passagem por Angola.

E desencadeámos emoções, quando aqui fomos visitados por ex-crianças - hoje homens - que reviram aqui um pouco da sua meninice.

E temos dado alguma informação do pulsar da vida do Lumege-hoje.

E temos alimentado um pouco da saudade dos que por lá foram militares. Nos melhores anos das suas vidas.

...que ninguém nos agradeça. Que todos nos mandem colaboração!


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O contador de visitas
Quem quiser ir apreciando evoluir do número de visitas, pode fazê-lo descendo até ao fundo do blog. É lá que está o contador.


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Colaboração em stock
Só por falta de tempo para fazer alguma preparação gráfica necessária, é que não foi ainda editada algum colaboração recebida de Marques de Freitas. Pedimos desculpa.

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O Mala e o Camacove

De leitor não identificado, chegou-nos o comentário seguinte:

“Grande confusão; na série de fotografias há o Mala e o Camacove, será? Quem souber por favor, informe para eu não ficar com esta dúvida”.


No Caminho de Ferro de Benguela, conhecido também pela sigla CFB, circulavam dois tipos de comboios, cada um com a sua designação popular: o Mala e o Camacove. O primeiro, comboio de passageiros, transportava a mala do correio; daí o seu nome. Aliás, aqui em Portugal a transporte ferroviário idêntico chamava-se nessa altura o Comboio-correio.

E aquilo que aqui no “puto”* era conhecido por Comboio-mercadorias, chamava-se no CFB o Camacove. Parece-nos ser uma designação onomatopeica (isto é: “palavra cuja pronúncia imita o som da coisa imitada”**).

Na fotografia acima, obtida pelo Fernando Hipólito na estação do Lumege em 17 de Junho de 1970, pode ver-se o Mala prestes a partir.

* Denominação que em Angola se usava popularmente para significar “Portugal”
** Dicionário de Augusto Moreno (Editora Educaçãio Nacional, 1954)