sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Repartição inaugurada hoje
Fiscalmente, Lumege depende do Luau

Do ponto de vista fiscal, o município de Lumege-Cameia passa a depender de uma repartição hoje reinaugurada no Luau (ex Teixeira de Sousa). É a segunda ao nível da província do Moxico, compreendendo também os municípios, do Luau, Alto Zambeze e Luacano.

A notícia é avançada hoje pelo jornal digital AngolaPress, que acrescenta que a fixação daquela unidade fiscal vai evitar fraudes e fuga ao fisco, tendo em conta o gradual fluxo do comércio fronteiriço com as repúblicas do Congo Democrático e da Zâmbia. E serve ainda "para sensibilizar e educar os contribuintes quanto às suas obrigações na matéria de impostos e marca uma nova era na política fiscal e financeira em curso no país".



Dia da Mulher no Lumege

Será no Lumege que se centra a celebração provincial do 2 de Março, Dia Nacional da Mulher, promovido pela Organização da Mulher Angolana (OMA). A referida data comemora-se em homenagem às heroínas Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso e Lucrécia Paim, mortas durante a luta de libertação.

Jovem mãe do Lumege (1969/70) - foto do album de Abílio Henriques

A província do Moxico promove, a partir de hoje, sexta-feira, uma campanha tendente a ilustrar a participação da camada feminina nos próximos desafios políticos, no âmbito do Dia Nacional da Mulher. Durante o acto, serão realizados encontros com mulheres inseridas em partidos políticos, função pública e as estrangeiras com estatuto de residentes naquela região do país, bem como haverá palestras dedicadas a "cidadania e a reconstrução nacional" e o "Planeamento familiar e as doenças sexualmente transmissíveis".

Igualmente será discutida "a participação das mulheres nos próximos desafios políticos do país". Segundo o programa que a Angop teve acesso, a jornada, cujo início decorrerá em Luena, contará ainda com visitas à hospitais e postos de parteiras tradicionais.

Informação: AngolaPress, da ANGOP


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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

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Adenda
C.Caç.2544 nunca esteve

em Chafinda

Clarificando alguns pontos gostaria de informar que a C.Caç. 2544 nunca teve destacamento em Chafinda, teve na Cameia e no Luatxe, este último só por um período de um mês pois que, por ordem do comando ZML, o destacamento foi extinto.

Acrescento que só o quarto pelotão da 2544 é que esteve lá do qual eu fazia parte. (O quarto pelotão foi render os "velhinhos" um dia depois de chegar ao Lumege e com 4 ou 5 dias de Angola. Logo para começar, não foi pera doce para o grupo de jovens maçaricos).

Siroco poderá ter sido muita coisa, mas foi o nome dado a uma operação feita na zona da Cameia em meados dos anos setenta a nível de batalhão, em que participaram comandos, infantaria fuzileiros e força aérea onde a companhia 2544 participou com um poletão do qual eu também fazia parte, comandado pelo alferes Marques de Freitas.

Abilio Henriques
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Chafinda... Siroco...UNITA...
Frentes de cem cavaleiros
Adenda ao artigo de Marques de Freitas

Meu caro Marques de Freitas:

Estes relatos são caracterizados por estarem escritos na primeira pessoa, acabam por ser relatos de quem viveu a história e por isso mesmo deve haver o cuidado de referir sempre que possível a data em que a acção se desenrolou.

Na época em que fui a Chafinda, em 1971, penso que se tratava de um destacamento da companhia que estava sedeada no Lumege, era uma estrada difícil e frequentemente minada. As operações conjuntas que metiam Paras, Ge, tropa de infantaria e katangueses, que patrulhavam as matas em direcção à Leua tinham o nome de código de Marfim.

As Siroco patrulhavam a zona entre o Lumege e o rio cassai, igualmente com a intervenção de tropas especiais, com apoio aéreo e a intervenção do batalhão sedeado em Dala, junto às quedas do Cassai. Além de patrulharem a zona tinham como objectivo levar as populações até às suas antigas lavras a colher a mandioca em segurança.

As operações a cavalo, com a intervenção dos dragões do Munhango, realizavam-se uma vez por ano na área da Cameia e tinham por nome de código Eolo, tenho pena que só os tenha visto de noite porque ver na Cameia uma frente de 100 cavaleiros, é coisa inesquecível.Tenho fotografias destas coisas que quando for oportuno estão ao dispor.

Armando Monteiro

O título e os destaques coloridos são da iniciativa do coordenador de "Lumege".
Este texto entrou sob a forma de comentário. Mas, dada a sua relevância, foi editado aqui.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Fernanda Brásio cumpriu um sonho!
Encontro com a madrinha

foi emocionante

Como certamente se lembram, Fernanda Brásio procurava a madrinha desde criança. Ela nasceu no Lumege, tinha apenas um ano quando lá estivemos, e herdou do pai (que faleceu entretanto) a promessa do cumprimento de um sonho: encontrar a madrinha, que já não via desde 1975. Desde os sete anos, portanto.

O blog "Lumege" teve conhecimento dos esforços da Fernanda, divulgou a situação, o Abílio Henriques tinha a chave que poderia abrir as portas ao "milagre" do encontro, e...

... e hoje a Fernanda Brásio telefonou desde a Bélgica para o coordenador do blog, à semelhança do que já fizera com o Abílio, para contar da satisfação que lhe ia na alma! Encontrou a madrinha, em Torres Vedras!

Fernanda Brásio reside na Bélgica, mas tinha de vir a Portugal para assistir ao casamento de uma familiar. O nosso blog conseguiu algumas pistas do paradeiro da madrinha, pistas que... se complicaram e nos chegaram a fazer descrer no êxito do encontro, pois a madrinha mudara recentemente de número de telefone. E... uma outra senhora, com um nome quase igual, reside na mesma rua (quase em frente!...), coincidência que quase nos convenceu da falsidade das pistas.

Mas a história teve um final feliz! Levada pelas nossas pistas, Fernanda chegou a Torres Vedras e perguntou numa imobiliária: "Onde é a Rua tal?" E vejam só que sorte! A resposta foi: "É esta rua". E a seguir: "Sabe onde reside a senhora dona tal e tal?" E a resposta foi: "Reside mesmo ali adiante".

...E foi assim.

O resto, contamos daqui a poucos dias.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Grupo espontâneo trabalhou comendo, ou vice-versa
C.Caç.2544 reencontra-se
a 24 de Junho

Reencontro será em Abrantes
Discutiu-se blog e programa de reencontro

Onde Um grupo espontâneo de trabalho almoçou/trabalhou no passado sábado, na Mealhada.
Avaliar a conveniência da continuidade deste blog, as características que deve ter e os meios para lhe dar continuidade, foi um dos pontos da agenda do almoço de trabalho. A reunião culminou com a apreciação do programa do próximo reencontro de confraternização do pessoal da C.Caç.2544, que este ano celebra o 35 aniversário do seu regresso.

O almoço propriamente dito serviu (para além da degustação do pobre leitão que não teve culpa nenhuma mas pereceu em nome do encontro) para levantar as linhas gerais da reunião que se seguiria.

Quem Na verdade, o ambiente do restaurante não estava suficientemente silencioso para proporcionar uma produtiva troca de opiniões. Foi por isso que, depois de repartida a "dolorosa" pelas carteiras dos participantes, o grupo procurou ambiente mais tranquilo num café socegado das proximidades. E o grupo era: Abílio Henriques, Alho, Freitas, Hipólito, José Oliveira, Miranda, Rocha e Santos "escrita" (espero não ter esquecido nenhyum...)

Como O Hipólito moderou a reunião e obteve um comentário de cada participante acerca do blog "Lumege", que foi criado mais ou menos ad hoc. Foi inequívoca a unanimidade dos presentes acerca da continuidade deste meio de comunicação, mas não foram completamente coincidentes ao enunciar as características que ele deverá ter. Ao mesmo tempo que quase todos iam afirmando que o blog deve continuar com as características que tem tido (tem estado em fase experimental), uma maioria inequívoca manifestava-se no sentido de que este meio de comunicação deve ser um repositório dos tempos passados por esta comunidade em Angola.

O quê Frases registadas na reunião acerca do que o blog deve ser: "visão desdramatizada". Análise, não". "Matar saudades, não; alimentar saudades, sim". "A edição do blog deve continuar a ser feita por quem sabe". "...E por quem vier a aprender". "Compartilhar vivências; memórias". "Não devemos fazer a crónica negra do passado que encontrámos de menos positivo". "Este blog não deve ser um fóssil, deve ser uma coisa viva". "Deve mostrar os documen tos do passado, mas também mostrar como são, hoje, os locais por onde andámos há 35 anos". "Conseguimos que a Fernanda Brásio encontrasse a madrinha que não via desde os dez anos (desde 1975), porque este blog não é apenas um repositório do passado".

Esta recolha de frases não é exaustiva, mas dá uma amostra significativa da dualidade de opiniões que muito civilizadamente se cruzaram.

A discussão continuará aqui, alargada a todos os elementos da C.Caç.2544 que se nos forem juntando.

...e ainda A reunião terminaria com a apreciação do programa do encontro/2006 dos ex-militares da Companhia, desta vez em Abrantes com organização do Alho.

Como o segredo é (quase) sempre a receita do êxito, não vamos adiantar aqui (agora) mais pormenores do que estes: a coisa decorrerá a 24 de Junho, com concentração às 11 horas junto à Porta de Armas do RI-2 (Abrantes).
...Chafinda... Siroco...UNITA...

Chafinda era um destacamento autónomo, ao nível de pelotão, se bem me lembro*. Creio que era a única unidade de artilharia ligeira na região.Talvez dependesse directamente do comando militar da região leste. Nada tinha a ver com a 2544; mas grupos da nossa companhia, enquadrando G.E.´s e em conjunto com os paraquedistas e a infantaria (companhia independente de madeirenses) instalados na Léua, visitaram Chafinda, em missões várias. Lumege/Léua/Chafinda era um percurso familiar. E bem difícil! Alíás, será interessante recordar que a 2544 "fornecia" grupos para intervenções em vastíssima área, da fronteira em Teixeira de Sousa a territórios de Silva Porto. Integrados no batalhão de comandos do coronel Santos e Castro e major Durão "estivemos" na célebre operação "Siroco" e até nos "cruzámos", certa noite, bem escura, em final de imensa operação em região de "controle" da UNITA, com a cavalaria (mesmo a cavalo) de Silva Porto. E que susto apanhámos, até toda a companhia (cavalos e homens) passarem... sem nos detectarem!

Marques de Freitas

* Mas então... em Chafinda não estava a C.Caç.2678? - z.o.

sábado, fevereiro 18, 2006

O regresso às origens

Hoje, sábado, um grupo de meia dúzia de ex-militares da C.Caç. 2544 reune-se na Mealhada para delinear o programa do dia de confraternização que também este ano se concretiza, à semalhança dos anos anteriores. Desta vez, a concentração será em Abrantes, terra que nos viu partir em 1969 (e chegar, dois anos depois, todos!).

Também se fará um balanço acerca da existência deste blog, cujas características e esquema de funcionamento serã reestruturadas.

O almoço de hoje (que é de trabalho, fica bem dizê-lo!) terá testemunhado por um natural da terra, que antes estagiou no forno até ficar douradinho.

(O brazão da C.Caç 2544 que acima se reproduz, é fruto de uma transcrição fiel para as novas tecnologias da rodinha que nos embelezou o braço durante dois anos). Encarregou-se dessa transcrição, o Santos - o "escrita", se preferirem).

sexta-feira, fevereiro 17, 2006


C.Caç.2678, uma Companhia independente

A acompanhar esta foto, chegou-nos a mensagem que segue. É-me dirigida pessoalmente, mas tomo a liberdade de a reendereçar a todos os camaradas do Lumege. - Z.O.

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Meu caro José Oliveira:

diz-me pertencer à companhia 2544, que teria sido rendida no Lumege por uma companhia do B. Caç. 3831, seria portanto a C.Caç. 3301 se me não engano. Ora a companhia sedeada no Lumege tinha um destacamento em Chafinda e vendo algumas fotos que tirei por lá verifiquei a existencia de uma companhia 2678, que desconheço. Segundo a sua versão foi o meu batalhão que rendeu o seu em Janeiro de 1971, mas também me pareceu ter lido que depois do leste estiveram na zona de Malange, ou seja que estiveram lá não há dúvida, mas começo a suspeitar que houve um outro batalhão que vos rendeu antes de nós, haverá alguém por aí que possa explicar?

Armando Monteiro.


P.S. atribuiu-me o titulo de eng. mas embora tenha estudado no IST não acabei o curso, fui passar uns tempos lá para os lados do Lumege.

Caro Armando Monteiro:

A Companhia 2678 era uma unidade independente. Não era parte integrante de nenhum batalhão. Funcionava agregada ao batalhão da área onde ela estivesse, e foi assim que esteve adstrita ao B.Caç. 2878. A imagem acima é reproduzida do jornal Jamba nº 12, que eu fazia na CCS (Luso). A cor amarela não é integrante do brazão, É, sim, a cor do papel em que ele foi impresso.

Acerca da presença de um destacamento da C.Caç 2544 em Chafinda, é coisa que neste momento não poderei esclarecer. A minha permanência na 2544 foi curta. Nunca estive em Chafinda. Mas ainda hoje conto obter esclarecimento para isso, pois almoçarei com um grupo de ex militares da C.Caç 2544 (ver nota acima) e não me esquecerei desta questão.

Algo me confundiu (não me recordo o quê) acerca da formação académica que lhe atribuí. Peço desculpa.

Zé Oliveira

Abrindo e desvendando

No meu blog Buraco da Fechadura (http://chavedoburaco.blogspot.pt) entrou hoje à noite o comentário que segue. É assinado pelo editor do blog Ler BD (http://lerbd.blogspot.com), um dos espaços virtuais mais vivos que se ocupam da nona arte.
Curiosamente, vem na mesma linha de um outro que se insere abaixo assinado por José Rodrigues e também na linha de comentários que há poucos dias aqui assinaram Carmen Zita e Susana Júlio.

Obrigado, caro Zé Oliveira, pelas suas palavras e pelo link. Deixei um conselho vivo em visitar os seus blogs. O de Lumege, particularmente, toca-me... Sendo filho imediato da geração que fez a guerra, é pena ter de recorrer a estranhos expedientes - liberdades que só agora se vão "abrindo", "desvendando" - para poder aceder a uma memória que também me deveria pertencer, mas ma sonegam. Obrigado.
Pedro Moura

Permito-me corrigir: o blog "Lumege" não é meu. É responsabilidade (e mérito, se o tiver) de um colectivo. Embora, e por enquanto, vá sendo minha a tarefa de operacionalidade.
Z.O.
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58 detidos por 59 crimes no Moxico, em Janeiro
Só dois detidos no Lumege
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Lumege-Cameia e Alto Zambeze foram os dois municípios com menor número de detenções por crime durante o mês de Janeiro, com apenas dois detidos em cada, segundo notícia da Angop.

O total de crimes de natureza diversa registados pela Polícia Nacional na província do Moxico durante o primeiro mês do ano corrente, foi de 59. Mais seis em relação a Dezembro.

Foram detidos 58 cidadãos nacionais, dos quais se destaca dois por homicídios voluntários e igual número por acidentes de viação, 17 por ofensas corporais e 15 por furtos. Na cede do município foram detidos 47, e cinco no Luau (ex Teixeira de Sousa).

A crença no feiticismo, justiça por mãos próprias, obtenção de lucros fáceis, desavenças familiares e o fraco poder económico, constituem as causas principais dos crimes. Como objectos dos furtos e roubos, a polícia apreendeu seis motorizadas, dois geradores, três televisores, igual número de aparelhos de som e 125 mil Kwanzas. O documento acrescenta ainda a descoberta e destruição de dois esconderijos de armas, minas e outros engenhos explosivos, no município do Kamanongue, 52 quilómetros a norte do Luena.








Fotos e legendas do álbum de Marques de Freitas
A NOVELA DE UMA GUERRA
Episódio II

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AS GRANDES FORTALEZAS

Seguindo orientação de descentralização da guerra, a «nossa» tropa defendia inexpugnáveis fortalezas que cobriam um vastíssimo território, respondendo, assim, às múltiplas solicitações das frentes de combate
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O Comando Central
.Românticos jardins guardavam memorial de honra e heroicidade enquadrados em vetustas instalações que acolhiam o comando central no Lumeje...
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...e as ilustres visitas de moralização militar.
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Ninguém se atrevia, com tal porta de armas e dispositivo de defesa apoiado em Thiroíco, o cão de guerra ...
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... em garbosos, valorosos...
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...e experientes combatentes...

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...apoiados por tão sólida frota de carros de combate.

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Que até sem rodas assustavam !

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Tudo sob a direcção do comandante e de todos amigo, capitão Tangarrinhas, com a benção do capelão e a protecção dos filhos da mãe África

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Era criança, "rendeu-nos" e hoje escreve-nos
Memória dos cinco anos de idade

O texto que segue chegou-nos sob a forma de comentário, mas decidimos editá-lo no corpo principal do blog. Porque, embora se trate de um pequeno texto, está carregado de uma emotividade subjacente.
Um desafio para o José Rodrigues: Relate as suas memórias do Leste de Angola aqui no blog!

«Bom dia.

Permita-me a intromissão pois sou um jovem que chegou ao Lumeje em Abril de 71 (na altura com 4 anos e 9 meses), sou filho do sargento José da Conceição Rodrigues que pelas datas que referem no blog pertencia à companhia que vos foi substituir no Lumeje. Apesar da idade, recordo-me de muitos episódios dos anos passados no Lumeje e depois Teixeira de Sousa.
Sigo c/ muito interesse este blog assim como o lestedeangola acalentando o sonho de ainda poder voltar ao Lumeje

José Rodrigues
zulubeta@iol.pt


segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Lumege já tem Gabitete Eleitoral
mas cinco dos nove municípios do Moxico ainda não

Na província do Moxico, penas os municípios de Kamanongue, Léua, Lumege-Cameia e Moxico (sede) já têm gabinetes eleitorais constituídos por representantes do MPLA, da UNITA, do PRS, do Tribunal Provincial e das administrações locais.
Os restantes cinco municípios (de um total de nove) enfrentam falta de meios de transporte, financeiros e logísticos que impedem o empossamento dos seus gabinetes eleitorais.

A notícia tem data de 15 de Janeiro, mas foi divulgada hoje (segunda, 13/02/06) pelo jornal electrónico AngolaPress e reporta-se a declarações da porta-voz da Comissão Provincial Eleitoral, Madelana Baptista Dilay. A fonte explicou terem sido feitas diligências junto da Comissão Nacional Eleitoral e do Governo Provincial, pelo que se aguarda pelas respostas para se retomar o processo, iniciado a 23 de Dezembro último. No Moxico, falta empossar os gabinetes municipais do Alto-Zambeze, Bundas, Luau, Luacano e Luchazes, localidades que distam mais de 200 quilómetros do Luena e com dificuldades de trânsito rodoviário nesta época chuvosa. Segundo o programa da Comissão Provincial Eleitoral, o dia 11 de Janeiro passado seria a data conclusiva da investidura dos gabinetes municipais desta região.

domingo, fevereiro 12, 2006

O Zé e o Abílio, mas não só!!!
Aí mais abaixo, retitada ipsis verbis de um blog da "sem corrência" (não há "concorrência cá entre a gente), aparece uma informação (com recurso a boa fonte, segundo se percebe!!!) onde aparecem dois nomes referenciados como sendo responsáveis pelo blog "Lumege". Ora, é preciso que se diga que a esses dois nomes é forçoso acrescentar o do Marques de Freitas (quem mais material tem disponibilizado), o do Diamantino Rocha (dos que primeiro "apresentaram armas") e o do Fernando Hipólito (cujo estímulo foi decisivo). Sem esquecer nomes de "outras guerras" que têm enriquecido este espaço, como é o caso de Armando Monteiro, Jorge Santos, Susana Júlia e Carmen Zita.

z.o.

sábado, fevereiro 11, 2006

O Lumege dos outros

Este blog continua em fase experimental.
É isso que explica que aqui se recorra frequentemente a material alheio (mas de algum modo relacionado com o Lumege) que, salvo algum esquecimento, terá a sua origem sempre referenciada.

Mas para não abusarmos das transcrições, o que fazemos hoje é convidar-vos a "visitar" o Lumege dos idos de 71, em http://lestedeangola.weblog.com.pt nas datas de 2 e de 7 de Fevereiro.

Não se arrependerão, porque vão ler duas histórias palpitantes.

Basta clicar ali à direita, na coluna dos links, em cima de LESTE DE ANGOLA
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Em breve
Episódio II de
A Novela de uma Guerra
Fotos e legendas do álbum de Marques de Freitas
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Esta notícia vem no http://lestedeangola.weblog.com.pt

Se eles o dizem, é porque é verdade


CCaç 2544 prepara encontro

Um grupo de quatro ou cinco ex-militares da CCaç 2544, que esteve em Angola de 69 a 71, vai reunir, no próximo dia 18, na Mealhada, para delinear, entre outras tarefas, o funcionamento do que consideram “a nova ferramenta de comunicação”, o blog
www.lumege.blogspot.com, dinamizado pelo Zé Oliveira, com o apoio do Abílio Henriques.
Sabemos que estes camaradas, no almoço da Mealhada, têm também na agenda de trabalhos a preparação do seu Encontro com todo o pessoal da Companhia. Nesta reunião do dia 18 ficará definido o dia, pois já se sabe que irá ter lugar em Abrantes, qualtel donde a Companhia saiu para Angola.Recordamos que a CCaç 2544 esteve no Lumege e depois em Forte República e que pertencia ao BCaç 2878, que esteve no Luso e depois em Malange.


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Uma achega para a localização

da placa "Lumege"

"Para ajudar algumas memórias deve dizer-se também que esta placa [a placa do artigo* abaixo] está colocada junto à passagem de nível do CFB ao pé do Cine-Teatro Luena".

Esta adenda foi colocada em comentário. Porém, em face da sua relevância, inserimo-la aqui no corpo principal do blog. Os comentários estão escondidos, e nem todos os leitores têm o hábito de os espreitar.

...anda por aqui gente na net com muito melhor memória (e documentação fotográfica) do que eu!!! Quando recebi a foto de Armando Monteiro, estive quase para acrescentar uma nota mais ou menos assim: "Todos os dias, quando encarava esta placa pelo menos de manhã e à hora de almoço, a subir da cidade para o quartel do Batalhão, dizia para os meus camaradas da viatura (nos dias em que não dizia, apetecia-me dizer): "Foi dali que eu vim. É ali, a 102 Km, que continuam os meus camaradas do Lumege".

O autor da adenda é Jorge Santos, que foi operador cripto no Luso (creio que na ZML e a seguir à nossa presença, mas afirmo isto com algumas reservas).

Jorge Santos tem desenvolvido um trabalho notável em http://lestedeangola.weblog.com.pt, um blog a que se tem acesso facilmente através do link que temos aqui no "Lumege".

*Aqui na net, é hábito chamar "post" a um artigo. Mas eu ainda vou resistindo um pouquinho a estas colonizações linguísticas!...

Zé Oliveira
Lumege, ou Lumeje?


Lembram-se da questão aqui levantada acerca da grafia correcta do topónimo Lumege?
Ao nosso blog chega mais um testemunho interessante, que nos enviou Armando Monteiro: esta foto, registada à saída do Luso (hoje Luena), que nos dá conta da existência, no tempo da nossa permanência em Angola, desta placa de informação rodoviária onde se escreveu Lumege.

O próprio autor da foto comentou que, à falta de melhor prova, a tradição faz lei. Ora, estou hoje cada vez mais inclinado para a convicção de que a grafia Lumeje se terá disseminado recentemente. Portanto, abastardando uma predominância que existia. Sempre fui atento a estas questões da linguística e lembro-me de, em Angola, há portanto 35 anos, ter indagado acerca desta mesma dúvida. E, embora sem justificação etimológica, criei a convicção de que a grafia correcta era Lumege.

No entanto, tenho dúvidas e às vezes engano-me!...

Quem é Armando Monteiro?
Quem é o autor da foto acima, assinada por Armando Monteiro?
Trata-se do alferes de Transmissões do batalhão 3831, que nos rendeu no Luso.
Durante a sua permanência em Angola fez mais de 500 fotografias, muitas delas divulgadas na internet, designadamente em http://lusoluena.com, um dos vários espaços virtuais que criou ou em que colabora.
Curiosamente, uma outra foto que nos mandou (e será editada brevemente) mostra os brazões de três batalhões, entre os quais o nosso, pintados sobre "rodelas" de tronco de árvore. E... o nosso, fui eu que pintei. Nunca mais na vida iria lembrar-me se não tivesse ocorrido este encontro virtual entre nós ambos! Aliás, há mais! E-mail para lá, e-mail para cá... E chegámos à conclusão de que Armando Monteiro (que é engenheiro e vive no norte) é irmão de um conhecido meu, que reside nas proximidades de Leiria!

Zé Oliveira

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Quedas Kalandula

(Duque de Bragança)


Este blog continua em fase experimental.
No próximo dia 18, um grupo de quatro ou cinco estusiastas desta coisa, todos da CCaç 2544, reunir-se-á na na Mealhada para delinear, entre outras tarefas, o funcionamento desta nova ferramenta de comunicação.

Até lá, vamos preenchendo este espaço com material de circunstância, como é o caso desta foto de Lisette Fernandes (datada de 2004) que o Abílio Henriques encontrou em www.lusoluena.com

Trata-se der uma vista parcial das Quedas de Kalandula (Duque de Bragança), situadas na região de Malange. Nos últimos meses de comissão, a CCaç. 2544 esteve aquartelada na região, mais precisamente em Forte República.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Foto para inglês ver

O Abílio Henriques encontrou em www.lusoluena.com esta foto legendada em... inglês! Traduzindo: "Escola para adultos - Luena".

Mal vamos, se não ajudamos os países africanos da comunidade lusófona a evitar a penetração mais ou menos subreptícia de outras fonias...

Z.O.
Abílio Henriques descobre

madrinha de Fernanda Brásio


Lembram-se? Frenanda Brásio, uma natural do Lumege, procura a madrinha que não vê desde criança.

Encontrei o apelo no blog "Família RTP" quando pesquisava na Internet matérias acerca do Lumege, divulguei aqui no blog e contactei a desesperada afilhada.

O Abílilo Henriques leu e... já encaminhou para Fernanda Brásio a morada e número de telefone de sua madrinha, que reside em Torres Vedras!


Fernanda chega a Portugal na Sexta

Fernanda Brásio, que reside na Bélgica mas chega a Portugal na próxima sexta-feira para assistir ao casamento de uma prima, tem nessa altura uma excelente oportunidade para encetar o contacto com a sua madrinha!

Para se compreender melhor a dificuldade de contacto entre afilhada e madrinha, é preciso ter em conta que a Fernanda nasceu em 1968 e saíu de Angola em 1975, tendo partido para a Bélgica em 1986.




Manuel Francisco Brásio, pai da Fernanda (foto publicada com autorização da filha)

Brásio era de Aljustrel

Manuel Francisco Brásio era natural de Aljustrel mas sempre viveu nas Minas do Lousal, Baixo-Alentejo. Era filho de Luisa Rosa Bimbarra e Fernanda Brásio adianta-nos que tem a família paterna um pouco dispersa. Se algum parente da Fernanda ler este blog e não a conhecer, pode contactá-la através de nós.

Manuel Brásio faleceu em Novembro de 2002, com 59 anos. "Sempre me deu coragem para não baixar os braços na procura da minha madrinha", confessa-nos a sua filha, uma de três raparigas que teve.

Foi nesta igreja que Fernanda Brásio e sua madrinha criaram, há mais de 30 anos, um vínculo que estão agora prestes a restabelecer. Foto de http://lusoluena.home.sapo.pt

Coincidências


Ainda cheguei a admitir a possibilidade de eu próprio ter almoçado, no Lumege, em casa da família Brásio, durante os poucos meses que ali permaneci, pois um dia fui convidado por uma família que tinha duas meninas (creio que são as que aparecem sentadas na foto nº 3 da "Novela de uma Guerra", aqui mais abaixo neste blog). O convite surgiu por haver uma vaga afinidade geográfica entre a minha naturalidade e a do anfitrião, que era funcionário da Segurança do CFB.


O pai de Fernanda Brásio tinha igual profissão e, por coincidência, a sua descendência era de meninas.

Mas não foi em casa de Fernanda Brásio que almocei. Quando, num e-mail, lhe falei nisso e a convidei a ir evr se não seria ela uma das meninas da foto nº 3, Fernanda desfez as dúvidas afirmando que " a minha mãe é uma senhora africana, eu sou mulata". Mas essa falta de "pontaria" não atrasou a concretização do essencial deste caso: proporcionar que, um dia destes, Madrinha e Afilhada se reencontrem! Graças ao Abílio Henriques!

Quando isso acontecer, dê-nos notícias, Fernanda!

Zé Oliveira

domingo, fevereiro 05, 2006

Este é o segundo comentário que apareceu no blog da Som da Tinta (http://somdatinta.blogs.sapo.pt) acreca da Guerra Colonial e como consequência de uma nota de divulgação do blog "Lumege"

Mais catarse

Às vezes penso que nós nos esforçamos por esquecer de que, mais até do que filhos de Abril (que o somos), somos filhos (de Pais) da Guerra (a minha geração e da Susana). Também lá por casa se fala pouco sobre os anos em que meu Pai esteve em Angola. Não se fala do medo, dos combates, da angústia de se ter de lutar sem motivo (porque não há motivo que justifique enviar os jovens de um País para uma guerra). Fala-se dos episódios mais caricatos, dos momentos de "não-combate", mas mesmo dessas histórias há ensinamentos a tirar (como o do respeito pelo nativo, tão vítima da guerra como os nossos jovens Pais).É bom não ignorar o que aconteceu, para entendermos melhor aqueles que mais amamos e para aprendermos com eles.A catarse vai-se fazendo. Vale a pena falar disso, com os olhos postos no futuro, para que não se repitam os mesmos erros.

Carmen Zita

sábado, fevereiro 04, 2006

"Exorcismos"

Prometi ontem que vos dava aqui testemunho de um comentário que, no blog "Som da Tinta" (http://sondatinta.blogs.sapo.pt ) , foi inserido a propósito de um "recado" de divulgação do blog "Lumege".

Vai a seguir. E amanhã insiro outro.
Z.O.

Acho muito importante este assunto ser referido, tocado, no sentido de se fazer a tal catarse.Falo pela experiência de uma pesoa que vive com alguém que esteve na guerra colonial. O meu pai esteve lá uns dois anos, ou um pouco mais (é um tempo que nem fica esclarecido exactamente tal é a vontade de distanciação que ele tenta de qualquer forma). São muitas poucas as vezes que ele fala desse tempo em que esteve lá fora, e o que fala são breves episódios de quem traz apenas o quotidiano de brincadeiras, de situações caricatas, acompanhados de fotografias a preto e branco dos momentos...mas mais do que isto, só o mutismo, a tristeza interior enorme. Sentida. O meu pai não fala. Diz quem o conhece de há muitos anos que o antes da ida para a guerra ele não era assim, ou tanto assim...só o conheci depois da guerra, como é lógico. E sempre tive essa imagem de um pai, de uma pessoa, fechada, triste, com "aspecto" de quem traz o peso do mundo atrás de si. Eu não compreendia. Um dia, há pouco tempo apenas, ele pediu-me para passar a limpo o testemunho/ recordação de dois episódios marcantes decorridos na guerra. A vista já não ajuda, dizia ele, com um jeito envergonhado, de quem está a pedir de facto algo que lhe está a custar pedir. Passei a limpo, reli com ele de um modo aparentemente frio, ele concordou com tudo de um modo tímido, a querer despachar a "coisa". Era para apresentar numa discussão de um Grupo de Terapia para ex combatentes. Ele nem oralmente consegue falar das coisas...tem de levar num papel. Depois, já sozinha, chorei. Nunca tinha percebido o meu pai. Nunca tinha entendido o porquê de tanta coisa, de tantos modos de ser que, no fundo, acabariam de condicionar o seu modo de relacionamento com os outros, com a própria família em casa. Entendi o seu modo de ser, lamentei tudo o que ele, e muitos dos seus camaradas tiveram de passar, obrigados, em nome de uma pátria qualquer que esquece facilmente as dores daqueles que dão a cara por "ela", descodifiquei aquele ar pesado, o tal mutismo, que afinal derivava da dimensão das memórias de um passado que eles não querem que aprenda a viver neste presente, admirei o meu pai pela sua atitude e coragem...compreendi-o finalmente, e isso foi o mais importante para mim...à custa de tanta dor. Por isso, e é apenas por isso que esta questão da guerra colonial tomou outro significado para mim, é que também vou passar o tal site para ele ver...nem que seja sozinho. Por isso, é que se deve continuar a falar "destas coisas"...exorciza-las para ver as coisas e veiver as coisas de um jeito melhor.

Susana Júlio
...está por aí alguém?!...

Alô alô pessoal, este não é um blog... pessoal.
O Rocha e o Freitas já marcaram uma excelente presença, o Abílio Henriques já mandou colaboração editada e outra que está prestes a isso, mas... para um projecto que se quer (tem de ser) colectivo, ainda é pouco!!!

Por via e-mail, tenho estado a recolher surpresas verdadeiramente enternecedoras (refiro-me à "investigação" acerca da localização da madrinha de Fernanda Brásio) mas confesso que não me sinto nada bem no papel de quase "monopolizador" do espaço deste blog.

Há quem se aventure a sacudir o pó dessas gavetas, ou quê?!...

Zé Oliveira

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Noutro blog a que dou alguma colaboração (menos do que devia...) inseri uma divulgação do nosso Lumege nos termos que seguem. E o "Recado" obteve comentários muito interessantes. Leiam hoje o Recado e lerão amanhã os tais comentários. (Ou então... vão já lá espreitá-los! Estão no blog Som da Tinta, http://somdatinta.blogs.sapo.pt). Conheces a Som da Tinta, Freitas? Na nossa Ourém?

Um recado:

Se tiverem um minutinho, passem pelo Lumege, povoação do Leste de Angola, servida pelo Caminho de Ferro de Benguela (agora em reconstrução).
Foi no Lumege que iniciei a minha experiência de guerra colonial, um Lumege que não teria mais do que uma vintena de famílias europeias, embora muito populoso do ponto de vista autóctone.
A Companhia que íamos substituír, sofreu 11 mortos e teve mais de matade do efectivo atingido por ferimentos. Mas nós, felizmente, regressámos todos vivos e sãos. Quero crer que a nossa "sorte" teve a ver com o facto de sermos uma das raras Companhias comandadas por um capitão miliciano, um engenheiro agrónomo de Setúbal que foi apanhado na curva da vida e empurrado, como todos nós, para uma tarefa que não queria. Ele não era militar profissional. Lembro-me de que a primeira "operação militar" que planeou, foi a de mandar os seus homens pelas sanzalas ("quimbos", como se chamam naquela zona) a tentarem convencer os cidadãos a virem à enfermaria do quartel sempre que tivessem qualquer problema de saúde.
A princípio, nem queriam ouvir os militares. Passadas semanas, formavam fila (na altura dizia-se "bicha") à porta da enfermaria! Regressámos todos, vivos e sãos. E de consciência mais ou menos tranquila. Apesar de um ou outro incidente, absolutamente pontuais.
Somos um grupo de homens que, há 35 anos, desembarcou pela primeira vez em Luanda. No exacto dia em que outros homens desembarcavam pela primeira vez noutro "território" cujo nome a palavra Luanda contém: a Lua. E de Angola trouxemos um proveito: uma amizade duradoura.
Hoje, recordamos aquelas gentes e aquelas paisagens com carinho.E aceitamos divulgar (também) um ou outro episódio menos feliz. Porque há um ou outro de nós que necessita dessa catarse.
Convido-vos a visitar o Lumege. Em http://lumege.blogspot.com . E a deixar um comentário.
Pode ser que, um dia destes, repitamos na Som da Tinta uma experiência que já cá tivemos: apresentar livros de memórias do tempo da guerra colonial.
Zé Oliveira

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Inaugurado abastecimento de água
ao Lumege, em Novembro de 2004

O sistema de abastecimento de água do município do Lumege-Cameia, que se encontrava inoperante há mais de 20 anos, foi inaugurado em Novembro de 2004, no âmbito das comemoações do 29º aniversário da independência de Angola.

Além de reabilitar o sistema de abastecimento, a empresa construiu um balneário público, três lavandarias (lavadouros?) e procedeu às canalizações para bairros periféricos.

As obras, que estiveram a cargo da empresa portuguesa Kalipre, orçaram em mais de 300 mil dólares norte-americanos.

Concretizaram-se projectos idênticos em Luacano e Luau (Teixeira de Sousa).

Recolhido por Abílio Henriques em "Notícias do Município de Lumege-Cameia" (internet)
Blog consolidado,
em apenas uma semana

Iniciado há precisamente uma semana, este blog já teve 224 visitas. Como coordenador ad hoc (mais ou menos auto-nomeado...) confesso que não esperava tanto, tendo em conta que pertencemos a uma geração que tem muitos que pensam que isto de internet é um bicho de setenta e sete cabeças.

Dá uma média de 32 visitas diárias, número de que poucos blogs se podem orgulhar - sejamos realistas - mesmo depois de terem consolidado a sua existência.

Acredito que, depois do próximo encontro de confraternização, este número subirá muito mais!

Entretanto, repito o apelo: mandem material! Imagens... recordações escritas... notícias...

Já colaboraram, para além deste vosso servo (e por ordem de colaboração) oDiamantino Rocha, o Marques de Freitas e o Abílio Henriques. E o Fernando Hipólito, com o seu estímulo decisivo.

Com pesquisa do Abílio, insere-se acima uma notícia que, embora sendo de finais de 2004, nos ahjuda imenso a compreender a realidade actual do Lumege.

Zé Oliveira

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Lumege ou Lumeje?
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A discussão já nos acompanha desde há 35 anos: deve escrever-se Lumege, ou Lumeje? Não sei se algum linguista estará seguro acerca desta questão...
Se estivéssemos perante um vocábulo de origem portuguesa, teríamos informação linguística que nos permitiria tomar uma opção convicta. Mas este vocábulo toponímico é de origem nativa, não obedecerá, portanto, à lógica da língua portuguesa. E não me consta que exista algum estudo acerca da história dos vocábulos autóctones de Angola...
Mesmo em língua portuguesa, quando existem dúvidas acerca da grafia de uma palavra, os especialistas aconselham que se adopte um processo "estatístico", isto é: avaliam-se exaustivamente as quantidades de uma e outra versões que aparecem nos jornais e nos livros e adopta-se aquela que aparece mais vezes. (Um exemplo: todos os oito dicionários que possuo registam o vocábulo binóculo, em singular, mas aposto que os dicionários do futuro lhe acrescentarão mais uma letra e registarão binóculos. Pela simples razão de que é assim que, embora erradamente, quase todos dizemos e escrevemos).
Pois bem, numa pesquisa rápida que fiz na internet, através do Google, o topónimo Lumege aparece 93 vezes enquanto que a versão Lumeje surge 127 vezes.
Esta verificação (pouco científica, reconheço) foi feita posteriormente à opção tomada para o título e o endereço electrónico deste blog.
Zé Oliveira
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Este mapa é pertença das Nações Unidas e foi reproduzido a partir do livro "África 30 anos depois", editado em 2005 pela revista Visão